Ambas as partidas aconteceram na Georgia Dome Arena, na cidade de Atlanta, em uma rodada dupla.
No lado de fora do estadio, muitos mexicanos e americanos estavam presentes, com direito a um clima festivo, muitas ações de patrocinadores, especialmente da nova equipe de futebol de Atlanta, o Atlanta United.
O presidente da equipe Darren Eales e o diretor de futebol e ex-zagueiro da seleção americana Carlos Bocanegra estiveram presentes na ação da marketing do times. Ambos estavam bem animados para a estreia da equipe na MLS em 2017, quando o novo estadio da cidade deve ser inaugurado.
A zebra jamaicana aparece em território americano
Dentro da Georgia Dome, o clima era de festa e descontração entre os torcedores das quarto equipes envolvidas nos confrontos. A 1ª partida foi entre a seleção americana contra a seleção da Jamaica. A equipe de Jurgen Killsmann era a favorita para a partida, vindo de uma sonora goleada frente a cuba e jogando em casa.
Porém, a seleção jamaicana encarou os americanos de igual para igual e aos 31 minutos da 1ª etapa, após uma cobrança de lateral, o atacante Mattocks subiu mais alto que a zaga dos Estados Unidos e cabeceou forte, encobrindo o goleiro Brad Guzan, abrindo o placar em Atlanta.
Cinco minutos depois, em uma cobrança de falta perfeita do centroavante Barnes, a equipe Jamaicana ampliou o placar para 2 a 0, deixando os torcedores estadunidenses pasmos e os poucos jamaicanos em estado de graça.
No 2º tempo, o time americano veio com uma postura diferente e logo aos 3 minutos, apos chute de fora da arena de Aron Jóhannsson, que o goleiro jamaicano Thompson rebateu e o meio-campista Michael Bradley só empurrou para o fundo da rede, diminuindo o marcador para 2 a 1.
Porém, após o gol, a equipe de Jurgen Killsmann não soube pressionar de maneira efetiva a defesa jamaicana e a reação não se traduziu em gols, com isso, o time jamaicano saiu classificado e pela 1º vez irá disputar a final da Copa Ouro.
Entre uma partida e outra, houve um intervalo de 1 hora e os torcedores aproveitaram para se alimentar, porém a organização em alguns aspectos não se mostrou preparada.
Alguns stands que vendiam pizza, se mostram sem o seu principal produto disponível a venda para os torcedores, isso causou mal-estar entre os adeptos, especialmente os mexicanos, que esperavam ansiosamente a partida de sua seleção e era a vasta maioria do público do estádio.
Sofrimento de novela mexicana na outra semi-final
A 2ª partida era entre a seleção mexicana e a seleção panamenha, a equipe tricolor vinha de uma classificação complicada frente a costa rica, com um pênalti bem polemico assinalado no final da partida e que garantiu a equipe na semi, já a equipe panamenha vinha de uma classificação sofrida contra Trinidad e Tobago e que só foi conquistada na disputa de pênaltis.
O 1º tempo foi de total pressão mexicana, especialmente em jogada pelas ponta e em bolas cruzadas, já “los canaleros”, buscavam explorar os contra-ataques, mas sem efetividade. O clima da partida esquentou com a expulsão do meia Tejada Luis aos 25 minutos em uma disputa de bola bem ríspida no meio campo.
Na 2ª etapa, o panorama era o mesmo, porém, aos 12 minutos, após cobrança de escanteio, o zagueiro Román Torres, que atua na equipe do Sport Clube do Recife, subiu mais alto que a zaga mexicana e testou no canto esquerdo do goleiro Ochoa, abrindo o placar na Georgia Dome Arena.
Na comemoração do gol, os jogadores panamenhos “sofreram” com a irá da torcida mexicana, que atirou copos, garravas e alimentos em direção dos jogadores. A segurança do estádio procurou controlar a situação e até a polícia de atlanta se envolveu na situação, para retirar quem havia atirado os objetos.
A partida recomeçou após 5 minutos, e o time mexicano se atirou inteiro para o ataque, contra a “barreira” panamenha. O time mexicano buscava o empate na base do desespero, utilizando de cruzamentos na área e lançamentos longos.
E em um desses lançamentos, após confusão dentro da área, o arbitro Mark Geiser assinalou pênalti, entendo que Roman Torres havia desviado a bola com a mão intencionalmente, porém o camisa 5 panamenho havia se desequilibrado na disputa de bola e acabou tocando na bola com a mão, gerando bastante revolta entre os jogadores e a comissão técnica do panamá.
Na reclamação panamenha, os torcedores mexicanos repetiram os atos anteriores e atiraram de tudo em direção dos jogadores do panamá, que responderam atirando tudo de volta para as arquibancadas.
A partida ficou 15 minutos parada, até que tudo se acalmasse, para a cobrança de pênalti. Andrés Guardado ficou encarregado da cobrança, o meia admitiu ter pensado em desperdiçar a cobrança por acreditar que não havia sido pênalti. Porém o camisa 18 cobrou de maneira categoria e empatou o confronto, levando a partida para a prorrogação.
No tempo extra. o time mexicano voltou a pressionar e no final da 1ª etapa conseguiu a virada, em mais uma cobrança de pênalti, novamente cobrada por Andrés Guardado.
No 2º tempo da prorrogação, o time mexicano administrou o resultado e a equipe panamenha não teve físico para buscar o empate e a partida terminou com a vitória mexicana, que se vingou da última edição, quando foi eliminada pela própria seleção do panamá nas semi-final e volta a final da competição em busca do 10º título
Após a partida, os jogadores reclamaram com bastante hostilidade do arbitro Mark Geiser, que teve que sair no gramado do Georgia Dome cercado de segurança.
Já nos vestiarios, a seleção panamenha estendeu uma faixa com os dizeres “CONCACAF ladrones, Corruptos, Corruptos, Corruptos” em protesto, já o treinador mexicano Miguel Herrera, falou que na visão dele não houve o pênalti e que a sua seleção não está jogando um bom futebol.
Agora, Jamaica e Panamá se encaram no Domingo(26) no Lincoln Financial Field na Filadélfia. Já no sábado(25) Estados Unidos e Panamá se enfrentam na disputa pelo 3º lugar no PPL Park na cidade de Chester , também na Filadélfia
Fotos da cobertura do repórter Gustavo Tomazeli
Essas foram as informações da Copa Ouro, direto dos Estados Unidos da América para o Gus na Área